BULLYING II – “MÃE, O SEU FILHO BATE AOS COLEGAS!”

Faz parte da função de pai e mãe proteger seus filhos dos males do mundo. Tentamos protegê-los contra acidentes domésticos, da violência das ruas e das pessoas mal intencionadas.

O bullying provavelmente está entre essas situações que não queremos que nossos filhos sofram. Mas o que fazer quando ele é o próprio agressor da história?

Normalmente, o agressor tem um comportamento provocador e de intimidação permanente.  Ele possui um modelo agressivo na resolução de conflitos, apresenta dificuldade de colocar-se no lugar do outro, vive uma relação familiar pouco afectiva, e tem muito pouca empatia. Uma criança pode ser autor de bullying quando:

  • só espera e quer que façam sempre sua vontade;
  • quando gosta de se sentir poderoso;
  • quando não se sente bem ou não se sente satisfeito a brincar com outras crianças;
  • se sofre intimidações ou algum tipo de abuso em casa, na escola ou na família;
  • quando é frequentemente humilhado por adultos;
  •  quando vive sob constante pressão para que tenha êxito em suas actividades.

Os agressores exercem sua acção contra sua vítima de diversas maneiras: batem, molestam, provocam, agridem com empurrões e socos, verbalizam de uma forma desagradável ou depreciativa, originam fofocas, mentiras, boatos, os isolam a vítima do grupo, ofendem-nos e anulam-nos.

A resposta para o “Onde foi que eu errei?”, pode estar na falta de atenção e reflexão sobre a vida que a criança tem vivido. A observação cuidadosa dos pais sobre o crescimento dos filhos e um espaço aberto para o acolhimento e diálogo são fundamentais para que esse tipo de problema seja compreendido e evitado. É preciso esclarecer os acontecimentos e saber “Como?, Onde?  Porquê?” o nosso filho agrediu um colega da escola e, diferenciar uma “zanga normal de crianças” de um comportamento agressivo continuado.

Seguem-se alguns conselhos de como lidar com um filho bully:

  1. Investigue o porquê do seu filho ser um agressor.
  2. Fale com os professores, peça-lhes ajuda, e escute todas as críticas sobre seu filho.
  3. Aproxime-se mais dos amigos do seu filho e observe que actividades realizam.
  4. Estabeleça um canal de comunicação e confiança com seu filho. As crianças necessitam sentir que os pais os escutam.
  5. Tenha cuidado para não culpar outros pela má conduta do seu filho.
  6. Entre em contacto com a Escola para acompanhar devidamente a situação e confirmar as melhoras.
  7. Canalize a conduta agressiva de seu filho para o desporto.
  8. Seja assertivo e diga ao seu filho que comportamentos agressivos não são permitidos na família.
  9. Explique quais as consequências se continuar com as agressões.
  10. Ensine-o a praticar boas condutas.
  11. Não ignore a situação. Mantenha a calma e procure saber como ajudar ao seu filho.
  12. Incentive seu filho a manifestar suas insatisfações e frustrações sem agressão.
  13. Demonstre ao seu filho que continua amá-lo, mas que desaprova seu comportamento.
  14. Anime-o para que reconheça o seu erro e peça desculpa à vítima.
  15. Elogie suas boas acções.
  16. NUNCA deve ser violento para resolver um problema deste tipo.

Para muitos pais é difícil reconhecer algo negativo no comportamento dos seus filhos mas, é muito importante agir de forma imediata, porque normalmente o problema de uma má conduta pode crescer como uma bola de neve. É fundamental encarar o problema e trabalhar directamente com a escola para resolver esta dificuldade.

por Drª Ana Rute Farinha

equipa.ultrafeminina@gmail.com

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